sábado, 20 de setembro de 2008

Palavra

Sigo em busca de um verso inicial,
Que ele possa conter a minha dor,
E todo esse medo devastador.
Verso que abrigue a lágrima final.

E que a palavra alivie meu mal,
Arrancando o silêncio abrasador.
Possa esse meu grito ensurdecedor
Libertar a minha alma tão mortal.

E se essa angústia não tem uma cura,
Enquanto esse ácido interior
Arrasta-me a essa intensa loucura,

Senhor, deixa-me mergulhar no nada,
Fecha enfim meus olhos por essa dor,
E, como remédio, eu morra calada.

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