A cidade fervilha e transborda calores.
Ela dança
viva,
cheia de tremores e raios ultravioletas,
orgasticamente.
Em outro tempo,
o mormaço era só essa embriaguez,
feita de movimentos e suor,
que controla as pessoas, automóveis
e seus ruídos misturados.
Mas agora o sabor das ruas se confunde com seus nomes.
Suas calçadas e esquinas
explodem vida em miséria e sensualidade.
E as pessoas passam.
E os vendedores gritam.
E a criança chora.
Sob o sol
dezembro desliza no negrume quente do asfalto.
Message in the bottle.
Há 6 anos
2 comentários:
(...)e assim derretemos nossas olheiras, herdeiras de nossos flertes noturnos com o luar, que preferiríamos não ver em nossas noites insônes.
Bela poesia Cris.
e ja é janeiro..e as negritudes do asfalto, continuam quentes, e as noites, mais coloridas!
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