terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desinvenção

No início era o caos,
e surgi-me do avesso.
Sinteticamente infinita,
inexata e desmetrificada.

De partes espalhadas,
desconexas, incongruentes
formaram-se os passos,
pensamentos e labirintos.

E do caos, fez-se mais caos
desdobrando-me em versos.
Linhas imperfeitas e teimosas
desenharam-me por dentro e por fora
quando eu fui sem nome.

Então sugaram o caos e inventaram um muro.
E depois a calmaria, o silêncio, o vazio. O nada.

2 comentários:

k2L disse...

Perfeito seu texto!
nao suma por tanto tempo de novo nao, heim!

tico litlle disse...

eu ja criei um mundo..serio!