domingo, 25 de janeiro de 2009

do meu silêncio

Meu silêncio é vazio
e não significa nada além de mim.

Se contemplo a trajetória displicente
do voo de uma mosca,
não há nisso qualquer filosofia
nem tentativa desenfreada de transformar,
o que existe e se acaba por si mesmo,
em tipo de metáfora escondida.

Portanto não me incomode
com o que hei de concluir
quando meus olhos piscarem
e qualquer suspiro sozinho
interromper meu estado.

Meu silêncio é apenas silêncio.
Puro e despretensioso.

E o olhar vago e distante não vê na mosca
outra coisa senão mosca.

4 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe-me se isso soar como uma hipérbole, mas eu sou no mínimo, um grande admirador seu!

É fascinante o seu jeito de escrever; seu tom melancólico e ao mesmo tempo doce, suas imagens ousadas, inusitdas... tudo na sua poesia é surpreendente!

E isso só pode ser reflexo de uma pessoa linda e surpreendente! ;)

Quanto ao poema em questão, rsrs, quem me dera essa capacidade de só enxergar nas coisas o que elas são... 'em si'. Talvez não haveria tanta beleza se fosse assim mas, também a dor seria menor.

(tá veno?! é essa capacidade que você tem de me fazer filosofar que me apaixona... rsrs)

Adoro você, Cris.
Beijão.

tico litlle disse...

nao ve na mosca, outra coisa se nao mosca...duca!!

Anônimo disse...

thanks..passarei sempre!

Giu Missel disse...

Noooooossa.
despretensiomente poeta.
é disso q eu busco para ler.
me dá a mosca eu só quero saber dela e não do que pensam dela.

achei demais.