Que eu suporte um pouco mais,
além dos olhos cansados e a face sem expressão.
Que eu me desdobre em comprender-me
para que a dor não me pese tanto no peito nem nas têmporas.
Que eu me faça poesia assim, crua,
só para não calar a alma,
E me revista de noite para que as sombras me cubram.
Mas principalmente
que esse mal que me entra pelos poros
corroa apenas a mim,
vertendo-se em lágrimas e palavras
ou apenas em um grito sufocado.
Mas que morrer engasgada
de sangue e silêncio
não seja meu fim...
Message in the bottle.
Há 6 anos
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