segunda-feira, 28 de julho de 2008

Pequena


Passos leves que me levem
aonde quer que o vento queira
pois eu, eu já não sei
que destino me rodeia,nem sei
onde minha alma devaneia.

Pequena sou,
nem fada, nem sereia.
Quem eu sou
já não sei.
Mas sou pedaços nas areias.
Não me procures:não me acharás inteira.

Pequena, pequena...
E tão grande minha pena.
Meus pés não tocam o chão,
já não sou palavras, nem poemas.
Inaudível som, quase nada.
Fica apenas o silêncio
que minha alma envenena.

Calada,
nos olhos resto de um brilho,
um fogo que já não incendeia.
Quase nada...
Somente essa dor plena.
Como sentir-me grande, sentir-me inteira?

Sou só,
sou pó, poeira.
Nem fada, nem sereia.
Sou pequena.

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