Vertigem
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Meu eu-lírico sou eu mesma, rota dadaísta
vertiginosa,
E explodo a uma velocidade surreal e sibilante
Na traseira de um caminhão.
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Meus pedaços vão subindo subindo subindo
Até atingirem o pico do inferno
E sem paraquedas desabam no chão numa massa gelatinosa.
Disforme.
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Sou um eu-lírico estropiado, restos inertes
Segundo a Santa Madre Igreja
Sem salvação.
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Meu eu-lírico não tem nada de lírico
Nada de poesia
Nada de seguro.
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Deixo ao mundo 37 parcelas pra pagar
Enquanto pago minha eternidade na danação.
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Message in the bottle.
Há 6 anos
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