A cidade fervilha e transborda calores.
Ela dança
viva,
cheia de tremores e raios ultravioletas,
orgasticamente.
Em outro tempo,
o mormaço era só essa embriaguez,
feita de movimentos e suor,
que controla as pessoas, automóveis
e seus ruídos misturados.
Mas agora o sabor das ruas se confunde com seus nomes.
Suas calçadas e esquinas
explodem vida em miséria e sensualidade.
E as pessoas passam.
E os vendedores gritam.
E a criança chora.
Sob o sol
dezembro desliza no negrume quente do asfalto.
Message in the bottle.
Há 6 anos