sábado, 25 de outubro de 2008

Despedida



Nasce insana a manhã inexpressiva
Vem sombria em seu véu que cai cinzento
Não restou teu olhar ou tua voz viva
Só um reflexo de um triste e vão lamento.

Tuas lembranças ficaram em cada canto:
Nas paredes, nos quadros, tuas costuras.
E o meu peito inflamado de amor santo
Cresce em sangue avistando as sepulturas.

Um inquietante silêncio assim se faz
Em teus pálidos lábios que eram vida
Com histórias de ti em Minas Gerais.

Mas ao ver-te sumindo em terra fria,
Vai além de uma lágrima crescida:
- Vai contigo a criança que sorria.

4 comentários:

Malu disse...

Lindo, Érica! Muito triste, contundente, mas belíssimo! Lírico total. Dós na gente, mas conforta ao mesmo tempo. Bjins.

Anônimo disse...

Érica, parabéns!... Seus poemas são lindos, muito bem elaborados e repletos de sentimentos.

THORPO disse...

Gostei de várias poesias. Volto pra ler mais.

Beijos,
Thomás

Jessiely Soares disse...

Pôxa, que linda essa dor.

Paradoxo, eu sei.